Ao contrário do que muita gente acredita, não basta controlar apenas os softwares usados dentro da empresa

O uso de software legalizado é uma questão crucial em tempos em que a tecnologia permeia todas as esferas da vida. Com a crescente dependência de softwares para desempenhar tarefas cotidianas, a pirataria se tornou um problema global que afeta tanto empresas quanto indivíduos. Além do risco de multas e processos legais, o uso de softwares irregulares pode trazer graves consequências, como a exposição a vírus e malwares que podem comprometer a segurança de dados sensíveis. Empresas que investem em softwares legalizados também têm acesso a suporte técnico e atualizações junto às fabricantes, garantindo maior eficiência e produtividade.

O uso de programas piratas é um problema que afeta não apenas os usuários individuais, mas também as empresas em diversos setores. Uma das principais consequências do uso de software ilegal é a desvalorização dos serviços oferecidos por empresas que se mantêm dentro da legalidade, uma vez que o mercado se torna desleal e distorcido. Empresas que investem em softwares legalizados têm um custo mais elevado de licenciamento, enquanto aquelas que optam pelo uso de programas piratas reduzem seus custos e conseguem praticar preços mais baixos. Isso pode levar a uma situação em que empresas que operam dentro da lei são forçadas a reduzir seus preços para competir com as empresas que utilizam programas piratas, o que pode prejudicar sua rentabilidade e sustentabilidade financeira.

Uma pesquisa realizada em 2019 pela BSA – The Software Alliance, constatou que a taxa global de pirataria de software era de 37%, o que representou um prejuízo estimado de US$ 46,3 bilhões para a indústria de software naquele ano. Além disso, a pesquisa destacou que a taxa de pirataria em países em desenvolvimento era significativamente maior do que nos países desenvolvidos, o que reforça a necessidade de conscientização e investimento em softwares legalizados para garantir a competitividade no mercado global. A pesquisa também apontou que a adoção de programas piratas pode ter consequências negativas para as empresas, como a exposição a ameaças de segurança cibernética e a redução da eficiência e produtividade dos negócios.

Apesar de ser extremamente importante garantir que todos os computadores de uma empresa estejam devidamente legalizados, é preciso tomar cuidado com os parceiros terceirizados e visitantes que acessam a rede de Wi-Fi da empresa. É importante lembrar que a responsabilidade pela utilização de softwares piratas não recai apenas sobre o usuário final, mas também sobre os fornecedores e prestadores de serviços que utilizam esses programas em suas operações. Segundo o Código Civil Brasileiro e as leis de proteção à propriedade intelectual, existe a responsabilidade solidária entre os envolvidos, o que significa que todos são responsáveis pela violação da lei, independentemente de quem tenha cometido o ato ilícito. Para se proteger, é recomendado incluir cláusulas em contratos com terceirizados que exijam o uso de software legalizado, bem como adotar medidas de segregação de redes de Wi-Fi para impedir que visitantes tenham acesso à rede interna da empresa. Dessa forma, é possível minimizar os riscos e garantir a conformidade com as leis de proteção à propriedade intelectual.

É importante destacar a importância de contar com um parceiro de TI competente para garantir a regularidade dos softwares utilizados pela empresa. Muitas vezes, empresas desconhecem a presença de programas ilegais em suas redes e descobrem somente em momentos de fiscalização, o que pode gerar prejuízos significativos. Além disso, é fundamental que as empresas consultem um advogado especializado em propriedade intelectual para garantir o cumprimento da lei e evitar possíveis sanções. Ao investir em softwares legalizados e contar com um parceiro de TI confiável, as empresas podem garantir a competitividade e a sustentabilidade de seus negócios, além de contribuir para o desenvolvimento da indústria de software de forma ética e responsável.